quinta-feira, 1 de agosto de 2013

A noite incabível #

É uma ânsia de vômitos que não vão jorrar, vomito este que não contem grãos de arroz e resquícios de vitaminas que há nos alimentos, ânsia que pesa pensamentos e cheira a palavras com todo o frescor de seus significados e suas controversas, é um peito miúdo, desmilinguido, que vai se esvaindo, desviando e caindo, mas continua ali sereno e frágil, querendo alimentar o que de fome não existe, nem fome existe mais.
Os comprimidos reprimidos tiraram tudo do lugar, o que piora uma coisa melhora a outra, e é inconstante.
É um vai e vem de doenças e dores e coisas frias que não deveriam, é uma pessoa colorida que internamente se descoberta encontram-se pequenos baús, e em cada um deles tem um sentimento, uma cura não permitida, e a cada baú aberto, descobrem bonecas russas, e aquilo não acaba..E continua, nunca se sabe a hora de dizer chega, como agora digitando esse texto com os braços já doloridos, não sei qual a próxima palavra, mas vou escrevendo sem pensar já que as vogais e consoantes e tudo já aprendido e que não faço questão de lembrar, vão apetecendo e conjugando o que lhe convém. Pobre de quem escreve ou de quem lê? (ou é o mesmo?) você aprende a fazer na infância por perigosos motivos: a angustia, o medo, a solidão, as dores, a saudade, a saúde, utopias. E então você questiona, é melhor ser ignorante ou pensar? Pensar não, estralar a mente com coisas absurdas que parecem não fazer parte de você. De seus órgãos. Das ligações medianas. Empty. Doe seus órgãos a quem precisa. Seja tipo um doador de vidas únicas, já que não sabe viver, e é por isso que precisa de doadores, por isso precisa dos outros.

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