domingo, 17 de novembro de 2013

,

tem uma caixa vazia morando dentro de mim,
não sei ao certo o local
as vezes ela grita..
outras ri. da minha infelicidade e
eu,

mimimi

  a paixão é um risco é o fósforo  é a vela  é o fogo é a escuridão e o retorno da luz.

e fiquei.

as vezes quero um balão
as vezes um barco.
hoje inventei uma bicicleta,
de tanto pedalar
cansei
não cheguei onde gostaria
e fiquei.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

quero-quero

quero escrever schweppes da minha maneira
quero você no meu colo machucando o osso
te quero
todo dia
quero cadeira de massagem
quero filme sozinha
te esquento
algum dia
quero bagunçar meu cabelo
quero andar sozinha
te incomodar
quero jogar
quero ser a parte integra
te desafiar
quero.
te vejo,
Hoje
grande.

-

Setembro é mês de ano novo, assim como o restante. E o ego já ousa em contar como resto o que não mostra propriedade. esse mês completa tantos anos, alguém parabenizou setembro? pra quê festa de aniversario sendo que o culpado não leva recompensa. Mês que pode ter surpreendido alguém, quem sabe, não pago pra ver..

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Colecionando peças #

O comodismo é aquela caneca velha e bonita que o comprador não hesita em trocar e mesmo assim sabe que não precisa de outra. E há quem troque boas notas por grandes moedas.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

tudo previsto, nada resolvido #

ás vezes vejo uma toca. vejo de longe e sinto de perto. é uma toca oca e nem preciso de um walkie talkie. pelo ambiente dá pra saber. uma raposa em desespero. é dramática. é medíocre. mas também sente dor. e sente o gosto da vingança, alem de catarro. a raposa tem uma bisavó que está com pneumonia (nível UTI) e não foi visitar, e não, não é tão frígida (apesar de só avistar), mas sei que tem medo de ver a dor espalhada num corpo mais que uma vez, me lembro bem desse filme. sua mãe quase se foi mais que vinte vezes quando internada. e chorava, isso também lembro. quanto medo raposa..e espelha todos eles pra si. já ouvi alguém dizendo um: "MORNA!" ou até: "não gosta de ninguém". tô começando a me acostumar com os desajustes daquela toca. percebo um aperto ali, outro aqui, e "o diabo sempre vem pra mais um drink". o mundo não olha pra você da mesma maneira que o vê. vai indo tudo desajustado, do jeito que não deveria ser, ou simplesmente não gostaria. eu, a raposa, os selvagens, a fumaça, lugares errados, pessoas erradas, horas erradas. curiosidades erradas. o que está certo, então? o ponteiro, números, as pessoas, o movimento, os momentos. a pressa do mundo? não sei, sou uma filha da genética. genética! *blargh*. que palavra humilde, não? vamos culpar a genética então! que uniu carne sem amor, e resultou em doença. acho que aos poucos estou descobrindo que essa coisa de karma pode existir, mas será que isso não serve só pra essa vida. alô? pode ser que o que eu vivi, aquela raposa tá pagando, em prestações e juros, talvez. sera que tem alguém ai que não fica só presenteando? (como as raposas, e os elefantes) alem de sentir o que a raposa sente, vejo também os animais sem cama. chão eles tem, porem duro. o conhecido selvagem que não tem cobertor pra dormir. mas vejo que ele pagou pela capa da invisibilidade. e só precisa de substancias. e tem a espécie raposa que tem sua toca, mas foge da fumaça. do ar sujo. por puro medo. tem mais um grupo acola que não tem água. não tem fome. não tem sede. acabou o apetite? tem alguém ai? a noite mal dormida, ou não dormida, vem desses fantasmas, desses pesos que a gente não sente, vem da vingança. vem da falta de experiencia. vejo que a raposa precisa da coragem dos verdadeiros selvagens. essa raposa é muito pura, sem ironias e falácias. estou aprendendo a não criar laços errôneos e prejudicar outra vítima da genética. ainda vou atravessar os vales e contar tudo à raposa, porque o (meu) preço de nascer é ser esse resultado. como se não fosse um só. a sina de se espalhar e ensinar e fruir. e tem sempre alguém mais esperto que raciocina calmamente na hora do desespero. e você lembra de quando riu. não devo ser sem humor. porem sei que vou pagar de algum jeito. engolir tudo, até me abrir com a raposa, os lobos, os leões, os elefantes, e os verdadeiros selvagens. me despeço ainda morna, esperando que o sol aqueça a toca, o coração, e os passos das pessoas e do reino Animalia, e que saibam guiar o caminho, e sejam menos tendenciosos ao escolher o que o destino prevê.

domingo, 18 de agosto de 2013

lego de ego #

odeio amar
amores doloridos,
porque mesmo não sendo,
eu finjo estar neles.

odeio amar amores doloridos,
por saber da dor
e não do amor.

odeio amar amores doloridos,
porquê amar amores doloridos
seria masoquismo.

odeio a palavra "odeio"
e toda a energia que ela absorve,
em ser capaz de transformar amor
e dor ao mesmo tempo.

eu odeio odiar amores
e dores.
mas odeio ainda mais não
possuir a dor e o amor
só pra mim.


terça-feira, 13 de agosto de 2013

sobre corizas e espinafres

essa coriza só te deixa mais forte,
a figura não é culpada por deixar a fresta
que empurra o vento e te ameaça.
essa coriza sempre será o mesmo mal estar
em períodos diferentes
essa coriza nunca te matará,
só acrescentará um pouco de dor.

e alguém dirá que um daqueles comprimidos tolos&coloridos aliviará.

espero que dessa vez o plástico derreta incolor, sem arrependimento.

quem te mata não
é o espinafre
que te alimenta
e em animação
te fortalece.

ninguém tem culpa de inventar.
ninguém mandou acreditar.

pobre de mim

tenho tanto a dizer,
boquejar,
farfalhar,
berrar.
tô colhendo todo o silêncio pra mim
até que as mãos
ou as línguas malditas
desfaçam o prazer que sinto
em guardar comigo
o choro de bezerro
mal amado e pervertido.
teu ego me assalta aos poucos
e eu pobre de tudo,
me amarro
nesse açoite que
cria rastros,
e que pena não ser a única.

floresta

somos presas,
vamos a caça,
estamos presos,
vamos a liberdade,
sou uma armadilha
e você mordeu a isca.

sobre estar só

naquela universidade só tem divagações.
vejo vultos sonoros que auto explicam:
"estou aqui
mas sozinho
e isso me faz estar lá também"
separações de cursos
separações de salas
separações de vínculos
separações de atenção
estão ali pra aprender,
ou levar algo alem
de meros tijolos a vista.
insisto.
aquela biblioteca nos une de forma impar
e isso dói.
essa universidade é alta em iludir.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

nado com nada!

que pena água viva!
gosto tanto da sua cor.
sei que escolhe teu silencio
empacotado,
mas prefiro poder falar
o quanto é bom
avistar seu nado proclamador!

sobre dispensar a felicidade vizinha da decepção #

dias pós domingo 
segundas-feiras tristes
vejo aquela foto exposta 
e algo dentro de mim
que vem pra me embaralhar
de olhos fechados
diz: 
- que sorriso triste!
Transtornada, pensei:
"isso é redundância 
ou ali no riso tem um quê 
de felicidade?"

Na dúvida, 
só tive certeza, 
se veio não sei,
ainda não chegou, 
mas se vem de alguma forma,
veio só pra confundir.
Me rendi ao não, 
que é mais sensível que o sim.

Anyway.

vou deixar alguma luz acesa,
caso fique com medo da solidão. 

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

joguinhos

Cá estou tirando pedra
 por pedra
que jogam de enfeite pra distorcer o
que sou.
cada pedra equivale a um
sentimento.
e esse, derruba
a pessoa que
joga a pedra em outro
sentimento.
que cai
leviano
e derruba
pessoa pra
ficar mais leve,
e nesse
jogo de quem
pesa menos
e se livra rápido.
preferem fingir
que não tem o manual,
mas esquecem de saber
jogar.
essa é só
uma interpretação
pessoal falha.
forjadas vezes
que a rodada começou.
ufa!
e se você não encara o giro
num ritmo mais
elevado, o
mundo é que vai
te jogar.
e esse jogo
não vai ser de
rodopios, só
de regressões.
não que passado seja.
só guarde segredo
sobre como é
vencer.
sem blefes.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

amanhã há de ser outro dia

não sei falar.
não sei mesmo.
mas sei pensar, 
e ando fazendo demais.
vou escrever 
só pra não esquecer.
mas prefiro pensar,
no pensamento 
dói bem mais e
é tudo maior,
sendo lindo no
tom da voz da melodia,
voz de Chico Buarque
e do avô falecido 
que tem o mesmo tom, 
e guardo num potinho,
odeio ouvir Chico, 
mas amo o poder da lembrança.
<3

domingo, 4 de agosto de 2013

Felizardo #

- Por que esses três beijos?
- São os da Amélie Poulain.
- Por que em mim?
- Um dia você vai entender.
- Prefiro esse, nhac*
- Isso dói moça!
- desculpa, tenho odaxelagnia!
- e eu tenho sida.
- o que?
- Síndrome da imunodeficiência adquirida! nunca estudou biologia?
é mais conhecida por sida no norte do país.
mas chamam de aids também.
- O QUE?
(mão na boca) e
distancia
- risos. você acha mesmo? (mão no rosto)
não tenho! me beija.
- vou embora..
- adeus, então.. nunca mais vou te ver..
- você mora ao lado da minha cidade! não faz essa cara de drama.

Vi ali um rosto de esperança. E fui embora, na duvida..
E saudade daquele rosto roçando no meu.
Aquelo abraço com fome que me enxuga de tanta força.





odaxelagnia

- você é um velho com rosto de criança! já falei isso?
- você que parece, olha essa bochechinha - carícias -
(pausa pro beijo)
beijo desornado que não agradou desde a primeira vez,
sem sal, então mordi. por isso mordi!
- porquê você fez isso? machuca demais,
não tem graça, para de rir!
- eu gosto.
- não olha com essa cara de psicopata.
(profundo silencio)
foi embora.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

hey!

vim entregar esse pedaço de mim,
que corre, se vai,
esvai e te corrói
e não volta mais.
por isso aceite sem temer
 a tal dosagem sólida.
o que sai daqui pra ser entregue,
já declaro: é único.
não volta,
sempre renasce no novo escape.
cada vez mais intenso,
no entanto - líquido.

sugerindo opiniões #

depois de otimizar,
mas pós-aceitar pensamentos
e erradicar,
coloquei o colar na mesa
reprogramei seu brilho
e vi que não tem valor 
sei que já ousei ceder
o barbante e a pedra
pra outro pescoço
porquê qualquer um tem
pra servir de cabide,
mas amores de plásticos
não servem
nem sequer como adorno. 

fugindo das emoções

ao mesmo tempo que concedo o cordão e o colar,
lembro que tem uma pedra no topo,
o topo que caí no colo.
junto com as boas intenções 
e adorno.
(um momento de silêncio pra quem não sabe amar).

a flor que ainda espera #

esse colar
-eu- vou lhe dar
penso em ceder
sem mesmo hesitar
e só de pensar
nos olhos brilhando
tirar o meu pra te olhar,
isso já é ganhar
é mais que um presente
é conciliar sem pensar
é intenção sem malícia
gesto de pureza,
te entrego esse colar
que se abastece de um cordão
forte e rígido
pro que é nosso perdurar.
sê você vier, antes disso
já vou escutar
os passos
e o raio de sol
iluminando
seu sapato.
de velho vivido
e nocivo no gume.
te desejo esperar
naquela árvore que é de todos nós.

(e só de imaginar fecho os olhos e rodopio
junto com as folhas).

A noite incabível #

É uma ânsia de vômitos que não vão jorrar, vomito este que não contem grãos de arroz e resquícios de vitaminas que há nos alimentos, ânsia que pesa pensamentos e cheira a palavras com todo o frescor de seus significados e suas controversas, é um peito miúdo, desmilinguido, que vai se esvaindo, desviando e caindo, mas continua ali sereno e frágil, querendo alimentar o que de fome não existe, nem fome existe mais.
Os comprimidos reprimidos tiraram tudo do lugar, o que piora uma coisa melhora a outra, e é inconstante.
É um vai e vem de doenças e dores e coisas frias que não deveriam, é uma pessoa colorida que internamente se descoberta encontram-se pequenos baús, e em cada um deles tem um sentimento, uma cura não permitida, e a cada baú aberto, descobrem bonecas russas, e aquilo não acaba..E continua, nunca se sabe a hora de dizer chega, como agora digitando esse texto com os braços já doloridos, não sei qual a próxima palavra, mas vou escrevendo sem pensar já que as vogais e consoantes e tudo já aprendido e que não faço questão de lembrar, vão apetecendo e conjugando o que lhe convém. Pobre de quem escreve ou de quem lê? (ou é o mesmo?) você aprende a fazer na infância por perigosos motivos: a angustia, o medo, a solidão, as dores, a saudade, a saúde, utopias. E então você questiona, é melhor ser ignorante ou pensar? Pensar não, estralar a mente com coisas absurdas que parecem não fazer parte de você. De seus órgãos. Das ligações medianas. Empty. Doe seus órgãos a quem precisa. Seja tipo um doador de vidas únicas, já que não sabe viver, e é por isso que precisa de doadores, por isso precisa dos outros.

terça-feira, 18 de junho de 2013

presenteando

o presente vem numa caixa sem laço
vem num embrulho mal embalado
o presente vem desembrulhado,
vem num grão de arroz qualquer
o presente vem da geometria,
vem da mania da gente.
se o presente não vem,
então, não tem quem receba,
e se ninguém presente está, 
o laço não existe.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

cortando Cortázar!

Especie  respirando, no limite
beijado no desencargo.
Há superfície  diante  das
recordações,  volumes, formas e efeitos  
porque  esses princípios, jamais saberemos?
Há passagens no espaço, constelações longe..
cosmos e planos no ar.
Arsenal de energia, humanidade!
Inútil fumaça, charutos,
sonhos de nuvens,
nódulos da realidade.
adormecer no ocidente,
suavemente
Evohé! -
                 Evohé! -
Sebastopol!
Calçadas e um momento melancólico,
embora a felicidade acontece,
penas e vísceras..desenha o documento,
e em horas, por
pouco outro romance.
     

domingo, 26 de maio de 2013

ruidos

de que cor é tua sombra?
não vê?
se não sabe é porquê não
consegue ver alem da forma.

medo do que não possui só a mim

Admiro a noite
 mas tenho medo.
Ah! que sentimento inédito!

obrigada

quando esqueço de escrever,
logo me lembro, é inevitavel
esquecer do que sente-se todo dia.

as palavras
elas me laçam
e me fazem voltar atrás
do que é meu,
e gosto
quando se atacam entre si
debatendo
cada letra pra
lutar comigo e
fazer com que eu diga
o que elas não,
agradeço então essa balburdia
e essa guerra de significados
que nós mesmos criamos pra
evitar outra guerra maior.

PA-RA

para-queda
que quebra-queixos
parem com.
- caí com a cara no chão
sem voo.
*#BOOM!#%**

E sem sair do térreo, me
levanto e vou embora..

keep calm the moon

olhe para lua,
ela está falando sobre você,
mas fico ignorando seu brilho
e o reflexo dos olhos que me guiam,
sei onde estas,
e imagino..
mas a lua, ela
sabe melhor do que eu
onde te encontrar,
então olho pro chão
já que o asfalto já tem
muita história dura
pra contar e quebro
todos os sentidos
fugindo de mim mesma.

sábado, 18 de maio de 2013

Então

E no fim
o fato é
fictício
E na ficção
o fim
é factível
e falível
e infindável
e

sábado, 5 de janeiro de 2013

não tá na hora

quero achar um relógio
mas não procuro.
quero encontrar um relógio
mas não importa o tempo.
não quero ponteiro
não quero horas
não quero contas
quero deparar com um relógio
quero abraçar alguém com relógio
mas não quero ouvir o tempo.
quero entrar numa sala com um relógio
quero viver com relógios
mas não quero encontros de horas marcadas
quero ver o brilho de um relógio
mas não quero olhar para os números,
quero girar como um relógio
mas não quero perder tempo como.
quero mais tic tac
não quero contagem.