Não tenho entrada
nem saída
mas não sou o caminho,
talvez o lugar,
então por que te deixei entrar?
Agora estou perdida,
procurando a minha saída
da porta que nem
de longe consigo tocar,
talvez só não
queira enxergar
que tens que voltar
para o teu lugar.
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
menina rima
Tudo é rima,
que mentira!
A rima consiste em se
afirmar e enlaçar
com os versos
aqui e também
lá, a rima é preocupada
com sua vizinha
que de tanto se
empenhar
ri ou chora
na estrofe outrora
mas não se
esquece de conectar.
que mentira!
A rima consiste em se
afirmar e enlaçar
com os versos
aqui e também
lá, a rima é preocupada
com sua vizinha
que de tanto se
empenhar
ri ou chora
na estrofe outrora
mas não se
esquece de conectar.
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
mudancinhas
os papos mudam nos papéis,
os pensamentos voam da mente,
os pássaros fogem dos ventos,
os passos trocam de ruas,
as vidas de casa,
as casas são preenchidas de outros,
os outros ocupam algum espaço,
o histórico muda quando o personagem
decide viajar,
o sorriso permanece
pros que fazem dele,
felicidade.
os pensamentos voam da mente,
os pássaros fogem dos ventos,
os passos trocam de ruas,
as vidas de casa,
as casas são preenchidas de outros,
os outros ocupam algum espaço,
o histórico muda quando o personagem
decide viajar,
o sorriso permanece
pros que fazem dele,
felicidade.
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
sábado, 18 de fevereiro de 2012
substantivo+verbo
o
resto
sobra
quando
sobra
o
resto.
o
substantivo
torna-se
verbo
quando
verbo
quer
ser
só
nome.
resto
sobra
quando
sobra
o
resto.
o
substantivo
torna-se
verbo
quando
verbo
quer
ser
só
nome.
verbo+substantivo
conheça o dia
pra entender as horas
olhe para o céu
pra perceber as nuvens
respire tranquilo
pra sentir os aromas
caminhe lentamente
pra captar os movimentos
tenha hábitos
pra criar manias
experimente gostos
pra degustar vivencias
vivencie gostos
pra degustar experiências
imagine a vida
pra ter sabedoria
cante o mundo
pra ter conhecimento.
pra entender as horas
olhe para o céu
pra perceber as nuvens
respire tranquilo
pra sentir os aromas
caminhe lentamente
pra captar os movimentos
tenha hábitos
pra criar manias
experimente gostos
pra degustar vivencias
vivencie gostos
pra degustar experiências
imagine a vida
pra ter sabedoria
cante o mundo
pra ter conhecimento.
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
erruman
o mais cômico do ser inconstante é que a
inconstância é tão vasta que o próprio ser.
Isso o incapacita de perceber as injustiças
que comete, costura um erro
rasga outro pensando que acerta,
vive certo de que está inclinado a errar,
apagando ou tapando os
olhos a ver a realidade, quem vê
por fora enxerga.
Sabe se lá o ser que está com a razão é o
errado, e o ser que pensa estar certo só está sem
a razão. Vai ver tudo é errado, os começos
levam a fins incertos.
Vai ver é toda uma interpretação
errônea levada a
sério como se fosse o sério o certo, não.
Se fosse, seria toda uma peça de comédia
inédita com um trágico fim.
Sim, sim.
As setas apontam pro lado certo mas pode ser o errado,
o ponteiro pode causar alarme na hora certa que
também hora errada. Os erros, em si, involuntários
ou não, se alimentam do ser.
O erro come o ser, o faz tornar inferior, menos, o que
é, o real, porque é tudo cheio de erro.
Todos deviam enxergar o próprio.
Cada um tem o erro que merece, e
nenhum o deixa só.
-ser humano.
-Erro humano.
-erro.
-Humano.
-errumano.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
fuga, se
Imagine, se o mundo vazio,
tolerável.
Imagine-se incrivelmente contemplado por nada.
O ódio causa o mundo.
Vidas causam o ódio.
Não resolve fugir, por onde há
audição, olfato, visão..
Fugindo encontra-se
do que escapas sem procurar.
Ausentar-se não significa anular-se.
Fugir é encontrar.
O berço dos mal achados, o leito dos
descontentes, recanto de
longas vidas,
não lhe torna ausente.
Amantes do protesto silencioso, a
procura do óbvio aroma plantio a
céu aberto, correm do mau-cheiro,
debatem com o odor.
Acham cheiros agradáveis, veem ventos
perfumados, toleram-se do próprio
cheiro, sem forma, sem cor, com
rancor e findável.
tolerável.
Imagine-se incrivelmente contemplado por nada.
O ódio causa o mundo.
Vidas causam o ódio.
Não resolve fugir, por onde há
audição, olfato, visão..
Fugindo encontra-se
do que escapas sem procurar.
Ausentar-se não significa anular-se.
Fugir é encontrar.
O berço dos mal achados, o leito dos
descontentes, recanto de
longas vidas,
não lhe torna ausente.
Amantes do protesto silencioso, a
procura do óbvio aroma plantio a
céu aberto, correm do mau-cheiro,
debatem com o odor.
Acham cheiros agradáveis, veem ventos
perfumados, toleram-se do próprio
cheiro, sem forma, sem cor, com
rancor e findável.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
zero
somos zero,
valemos o preço se acrescentados somos outros números,
de nada valemos, somos vazios
e formamos uma volta tão completa que se encontra,
o tamanho de nada vale, nem a forma
ninguém sabe, de tão vazio se torna cheio
de tantos números,
somos zero.
sábado, 11 de fevereiro de 2012
outro chão
o problema é mudar-se de calçada
se mudasse não substituiria,
deslocar para outros quarteirões
se ajuda a apagar lembranças não
tão vividas ou atrapalhar as não passadas?
outras quadras,
onde o chão não é tão áspero
mas a rua é tão oblíqua que as levam
ao mesmo ponto de encontro.
se mudasse não substituiria,
deslocar para outros quarteirões
se ajuda a apagar lembranças não
tão vividas ou atrapalhar as não passadas?
outras quadras,
onde o chão não é tão áspero
mas a rua é tão oblíqua que as levam
ao mesmo ponto de encontro.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
fumaçinha
Até a nuvem vira avião quando paira no céu,
a nuvem é sortuda,
até cão vira nuvem e aprende a levitar,
quando o pássaro vira nuvem
não voa, mas quando nuvem vira pássaro começa a caminhar.
A nuvem vira tudo, só não sabe se virar.
Tá toda hora em todo lugar,
sem saber onde permanecer, respira sua própria fumaça ora
branca ora preta e volta a passear.
Mas tadinha da nuvenzinha, que vem de tanto lugar,
que se torna poluição ao oxigênio sem pensar.
pertubação
As pessoas silenciosas, trazem o barulho dentro de si. Mas não o barulho desagradável, um barulho de melodia nova, som da chuva, que ora é fraca ora tempestade.
Pessoas que preferem não dizer, traduz olhares, orienta o próprio tom de expressão, caminha por dentro.
Não se vê dificuldades, os olhares alheios que os alimentam ocupando os julgamentos altos e baixos, detalhes sempre significam dificuldades. E as dificuldades, todos sabem..
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
face
vejo
tantos
sofrendo
pelo
corriqueiro
que
inunda
as
artérias
esvazia
a
mente
e
é
indeciso,
enquanto
tergiverso
o
ensejo.
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